sexta-feira, janeiro 19, 2007

QUANDO A ESPERANÇA ACABA

Desde o dia 12 deste mês de Janeiro todos nós temos acompanhado a aflição dos familiares das pessoas soterradas no chocante acidente ocorrido nas obras da linha quatro do Metrô de São Paulo, estação Pinheiros. As famílias, embora muito aflitas, mantinham dia após dia a esperança de que seus parentes fossem resgatados ainda com vida, mesmo debaixo de toda aquela terra.

Enquanto os bombeiros trabalhavam exaustivamente no resgate dos corpos soterrados, aquelas pessoas permaneciam no local, acomodadas da forma que fosse, em barracas improvisadas. Comoveu-me especialmente a mulher do cobrador, tão jovem quanto ele e grávida de oito meses. Nos primeiros dias, ela, apesar da angústia e aflição, atendia gentilmente os repórteres e se perguntada, respondia que tinha sim, muita esperança de que seu marido ainda estivesse vivo.

Eu, que também por causa de um acidente tenho minha filha vivendo em coma há mais de nove anos, sei como é ter esperança. Este sentimento é o que nos dá forças para agüentar o choque pela tragédia, é o que nos faz acreditar que o dia seguinte será melhor do que o de hoje. A máxima de que enquanto há vida há esperança, apesar de ser uma frase tão batida, é uma verdade irrefutável. A esperança se sobrepõe ao cansaço por tantos dias difíceis e noites mal dormidas. É assim comigo. Foi assim com a jovem esposa do cobrador.

A esperança é que nos sustenta. Quando a esperança acaba, a pessoa desaba.

Um comentário:

Anônimo disse...

eu me sentei enfrente a este computador triste achando que tinha problemas decobrir nao tenho sou mae de uma filha saudavel que me lembrou a tua isso é uma vergona pais de gente cega, falta amor, creio que para deus nada e impossive fé so ela que venm de deus para teconsolar to envergonhada