quinta-feira, novembro 01, 2007

PAZ. A MINHA, E A DE QUEM VIVE NO MEIO DA GUERRA.

Por absoluta falta de tempo não pude escrever este post sobre a PAZ que gostaria de ter publicado logo cedo. Mas ainda dá tempo de colocá-lo para que saia com a data de hoje, e assim, poder participar, como desejo, desta iniciativa tão bacana – escrever hoje sobre a PAZ.

Como já estamos no final do dia, acho que muito já foi escrito – e bem – sobre a PAZ. Que eu possa em poucas palavras conseguir transmitir a vocês o que me vai agora na alma sobre este tema. PAZ para mim, entre outras coisas, claro, é também sinônimo de silêncio e calma para ler um livro sem ser interrompida por vozes estridentes e barulho excessivo. É ouvir música suave e palavras doces. O som da chuva, mas no conforto de minha casa.

Acredito que todos precisamos de PAZ., mas acredito também que uns precisam mais dela do que outros. Por exemplo, hoje me peguei pensando várias vezes, quando me incomodo com o cão de uma casa vizinha que late e uiva quase que ininterruptamente, quebrando o silêncio de que tanto gosto e ao qual já me acostumei. E meu pensamento se volta para as pessoas que vivem no meio da guerra e têm que ouvir o barulho do tiroteio também constante à sua volta. E se chove, estão ao relento.Vem-me à mente DARFUR.

E a música que gosto de ouvir na minha casa silenciosa me coloca numa posição de privilegiada em relação às pessoas de DARFUR , onde o que mais se ouve é o som da guerra. E desejo então, de todo o meu coração que a PAZ chegue a essa gente, que mais do que eu, dela carece e merece. Por isso, meu maior e meu mais urgente desejo de PAZ vai para DARFUR e por todos que vivem no meio da guerra.

16 comentários:

Alexandre disse...

Estou tão desiludido com a humanidade (com h pequeno) que começo a convencer-me que a Paz é uma utopia! Infelizmente... mas acreditemos que as coisas possam melhorar... alíás, só podem mesmo melhorar porque piorar penso que é impossível!!!

Muitos beijinhos, Odele!!!

C Valente disse...

Paz , justiça, solidariedade, iradicação da miséria ainda continua a ser situações imaginárias, infelizmente para este nosso mundo terrivel
Saudações amigas com um beijo para todos

Um Poema disse...

Todos não somos muitos para clamar contra a inoperância, (ou indiferença ?) dos "grandes" face à tragédia do DARFUR.

Um abraço

Elvira Carvalho disse...

Eu acredito que a Paz só é possível quando a paz for um estado de alma permanente. Levamos a vida a clamar pela paz, e à mais pequena contrariedade, partimos para a violência física e psicológica, contra o nosso vizinho,o colega de trabalho, o amigo. O estado exerce violência, sobre o empresário, este sobre o empregado, que se vinga na mulher que por sua vez, bate nos filhos.
É uma corrente. Mas continuamos todos a clamar pela Paz...
Bom Domingo
Um abraço ás duas

ninguém disse...

Odele. Me apavora saber que alem de Darfur quantos lugares existem que a gente nem imagina que vivem sob a guerra da fome, da violência doméstica, da tirania, das epidemias? Tá dureza manter até a sanidade no dia a dia, mas como diz uma música dos gaúchos (gaudérios) daqui "não podemos entregar pros home". Bjs

Meg disse...

É verdade Odele, a paz tem de ser um estado de espírito.
Se não a conseguimos para nós e para os que nos rodeiam, como poderemos gritar por ela?
Mas temos de o fazer todos os dias, que para a Paz não há dia.

Um abraço para si e para a Flávia.

C Valente disse...

Os animais tambem são nossos amigos, mas mais importante será as pessoas, pena sermos tão impotentes, mas se um pequeno gesto de boa vontade por todos nós for feito, o mundo será melhor
Saudações amigas com um beijo, tambem para a Flãvia.

Maria Clarinda disse...

E aqui tens mais um Grito que adorei!
Jinhos amiga

Isabel disse...

Sabes odele acho que tens toda a razão emquanto acharmos todos os nossos problemas enormes nunca seremos capaz de ajudar os outros.
A ajuda e a vontade de dar começa mesmo ao nosso lado mas estamos tão cegos que nem vemos.
Não vemos o que se cruza conosco todos os dias. As imagens como as de darfur doem e depois esquecemos porque olhamos para a nossa dor e não a deles que lá estão a viver a dor 24 sobre 24 horas e nós todos deixamos.
É imperdoável.
Falo por mim e por todos nós que pouco fazemos.
Há que ajudar. seja onde for, seja como for mas parar e estender uma mão a quem precisa mais que nós.
Não podemos deixar que o nosso egoismo nos cegue e nos esconda o coração.

Um grande beijinho para ti e j+á sabes um beijo muito especial para a Flávia.

Isabel

Lusófona disse...

Olá Odele!! Realmete todos nós precisamos de paz,mas falta ainda muito amor, principalmente nos corações daqueles que poderiam fazer muito mais por aqueles que sofrem.

Beijinhos e que a paz esteja em seu lar

C Valente disse...

Passei para deixar um beijo, para a Odete e para a Flávia
Saudações amigas, com carinho

Menina do Rio disse...

Junto-me a ti neste grito!
Paz na terra aos homens de boa vontade!

Um beijinho pra ti e pra nossa menina Flávia

Menina do Rio

António Melenas disse...

Olá, Amiga
Tenho andado afastado ( aminha vista não me ermite viajar muto na net) Mas tive muito gosto em vir fazer-te esta visita. Nunca é tarde e é sempre tempo para falar de PAZ, para defender a PAZ
Um beijinho

Alexandre disse...

Procurei no dicionário a definição de Paz... e não encontrei!!!

Elvira Carvalho disse...

Passei para deixar um abraço para vós.

david santos disse...

A paz, quer queiramos quer não, nestes anos mais próximos, muitos mesmo, não pode ser possível.
A quem perdeu os seus filhos, os seus irmãos, os seus pais, os seus melhores amigos, os seus bens materiais, muitas vezes únicos e parcos, quem perdeu a dignidade por humilhação, quem perdeu a dor por tanto sofrer, por muito que queiramos, ainda que nos custe dizer, mas devemos dizê-lo sem rodeios, falta a vingança. Por isso, ainda que não seja nada simpático dizê-lo, é a vingança que lhes resta. Não sejamos hipócritas. Todos os referidos atrás, só têm uma forma de encontrar alguma dignidade: vingança. Aliás, se eles não se trocarem pela morte de um eventual inimigo, morrem sem nenhuma dignidade.
A hipocrisia só chega a quem não mede, porque medindo, verão que a realidade num ser humano decente, nos casos já referidos, claro, só pode ser a vingança.
Agora faço uma pergunta: o que faríamos caso fôssemos um daqueles?
Que faríamos se fôssemos uma iraquiana violada por um terrorista americano. O que faríamos se nos entrassem porta dentro e nos matassem os nossos filhos, pais, irmãos ou netos? Digam-me! Digam-me, por favor!
Eu digo: se pudesse, ainda que fosse com a própria vida, vingava-me.

David Santos