quinta-feira, março 22, 2007

NÃO SE RECUSA UM ABRAÇO

Sabrina, uma das fisioterapeutas de minha filha Flavia, é uma doce pessoa. Dia desses, ela, sorridente como sempre, me disse que se abraçarmos pelo menos três pessoas por dia, estaremos colaborando para que nosso dia transcorra melhor. E eu que adoro um carinho, me ofereci no ato para receber dela o primeiro abraço do dia. Indiferente, Lúcia, a auxiliar de enfermagem nos observava. Quando Sabrina foi tentar abraçá-la também, Lúcia se retraiu e disse demonstrando um certo desconforto:

- Pode parar! Eu não acredito nessas coisas e não quero abraço nenhum!

Lamentei por Lúcia ter desperdiçado a oportunidade de receber um abraço e depois fiquei pensando como algumas pessoas têm mesmo dificuldade de demonstrar e receber afeto. A pessoa é boa, é honesta e até gentil, mas nunca telefona para saber como o outro está, para simplesmente dizer que está com saudades, pode até estar, mas não diz porque é travada quando se trata de demonstrar o que sente. Abraçar então, nem pensar.

Quem não se deixa abraçar está perdendo o benefício do toque, da troca de calor. Abraçar é bom demais. Através de um abraço podemos dizer muita coisa sem usar palavras. Abraçamos para demonstrar alegria, para trocar energia. Para apoiar, para consolar, para comemorar, para dar segurança, transmitir confiança, demonstrar solidariedade e também saudade. Abraçamos para demonstrar, carinho, amor, amizade. Abraço. Eu quero é mais.

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